Repete o tango
Enche a taça da noite
Vem para a janela
Vês? Em cada esquina um olor
Em cada eco um passo
Agora, corta o silêncio
Prova um pedaço
Contornemos bebados
cada segundo
A estátua verde-limo
nos olha desprovidamente
Cada palavra abre um sorriso
Nossos olhos selvagens
bebem o vinho destas madrugadas
Os espelhos tremem
Nossos corações miram
Rascunho uma tela
Esboço um poema
Incendeio os trapos
no calor das estrelas
A poesia é a pura luz
que alimenta estas utopias
Luiz A. Canuto
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